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Comunicação e culturas urbanas: as músicas, os sons e as imagens re-inventando múltiplas territorialidades na cidade do Rio de Janeiro
Cíntia Sanmartin Fernandes 
  • Territorialidades sônico-musicais: as rodas e as festas nas ruas do Rio de Janeiro
Este trabalho - que faz parte do projeto de pesquisa Comunicação e Culturas urbanas: as músicas, os sons e as imagens re-inventando múltiplas territorialidades na cidade do Rio de Janeiro -  pretende valorizar a vivência corporal que gravita em torno da música nas cidades, especialmente aquelas que colocam em cena a experiência da alteridade, que em geral produzem situações de mobilização social. Nesse sentido, ancora-se ao trabalho realizado as percepções de Nora, que sublinha a capacidade da música em condicionar o corpo, acionando nossas lembranças (faculdades da nossa memória) e afetando ideias, humores e emoções (DE NORA, 2000). Não é apenas a sonoridade dos concertos ao vivo executados, mas as vozes e ruídos que ecoam das ruas, do tráfico e das pessoas, que envolvem e conformam o ambiente desses encontros corporais pesquisados, que se referem aos encontros do Bar do Nanam no Beco das Artes e na Banca do André na Cinelândia. Na obra de Sennett, o corpo se converte em protagonista principal, na chave para entender o sentido da morfologia e da organização urbana (DURÁN, 2008, p.104), ou seja, os sentidos das cidades emergem nas interações sensíveis entre o corpo e a própria cidade.
  • Documentação imagética das interações sensíveis nas ruas galerias e galerias do Rio de Janeiro
 
Este projeto - que faz parte da pesquisa que investiga  as culturas urbanas e a cidadania nas ruas galerias e galerias do Rio de Janeiro -  tem como proposta documentar esses espaços e as interações sensíveis que ocorrem neles por meio da elaboração de um material imagético e sonoro (fotografia, sons e vídeos). Ao longo da  pesquisa foram constatados lugares da cidade em que se reúnem grupos sociais diversos e onde há dinamismo sociocultural relevante para o estudo e documentação. São eles: Pedra do Sal, Praça Tiradentes, Rua do Ouvidor, Rua do Lavradio, Shopping Cidade Copacabana, Galeria Menescal, Galeria River e Arpoador. Contextualizando esse objeto de estudo na sociedade contemporânea, ancoramos nossa compreensão no entrelaçamento de uma perspectiva teórica “Ecosófica” (MAFFESOLI, 2010 e 2014) - a qual sustenta-se na sabedoria sensível e no imaginário cotidiano – somada a uma episteme “corpográfica” provinda dos estudos urbanistas contemporâneos -  a qual considera que não apenas as espacialidades, mas, do mesmo modo, os movimentos e gestos do corpo indicam marcas e vestígios das experiências urbanas (JACQUES, 2012).
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