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A história do Ocidente carrega as traumáticas marcas do longo conflito travado entre as potências da Razão e da Imaginação. Fascinando ao mesmo tempo em que assusta, a faculdade imaginativa, sistematicamente desvalorizada em seus estatutos ontológico e psicológico, foi quase sempre associada à infância da consciência. Suas forças, progressivamente sustentadas pelo zelo dos tenentes do saber positivo. Porém, precisamente nos momentos em que parecia dar seus últimos suspiros, a imagem renascia como a Fênix e voltava a assombrar os templos do logos. Assim ocorreu, por exemplo, entre os românticos alemães, entre os séculos XVIII e XIX, e ocorre novamente agora, na era da comunicação digital. A civilização da técnica, cujos esforços para destruir o mito foram sem paralelo, assiste hoje a um retorno vigoroso da imaginação. Pois o imaginário, cuja atuação no mundo ficcional sempre foi admitida e mesmo celebrada, se dissimulava sorrateiramente também nos frios porões da ciência e das construções filosóficas da racionalidade ocidental.
Os artigos que compõem este livro nasceram da convicção dessa renovada importância da imaginação e do mítico. Eles foram reunidos por ocasião do I Colóquio Internacional do Labim (2022), o Laboratório de Estudos da Imagem e do Imaginário sediado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Artistas, cientistas, professores e pesquisadores independentes de diferentes campos se encontraram para conversar sobre essas questões sem as amarras institucionais que normalmente fazem parte dos encontros acadêmicos.
Organização: Erick Felinto e Cíntia Sanmartin Fernandes
Ano de publicação: 2024
Editora Sulina

Cidades em festa é uma obra coletiva, construída por muitas mãos, cabeças e visões de mundo, quando em seu trabalho de organização/curadoria estamos diante de trajetórias acadêmicas, de lutas e de vivências que, embora bastante distintas, parecem se conformar em torno de um ideário de sociedade mais democrática e livre que passa pelo atomismo estético-comunicativo das festas, da música, dos mais diversos coletivos culturais, das ambiências festivas (underground, populares). Não por acaso, refletindo o que tem sido mais emergente, senão mais urgente, no debate da Comunicação em sua interface com as culturas urbanas e musicais, debate que cada vez mais vem norteando os encontros e eventos nacionais como Intercom, Compós – Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, Comúsica – Congresso Comunicação, Som & Música, Conferência de Folkcom e internacionais como os da Alaic – Associação Latino-Americana de Pesquisadores em Comunicação, Ibercom – Congresso Ibero-Americano de Comunicação e Ciespal/Felafacs – Congreso Latinoamericano de Comunicación.
Organização: Cíntia Sanmartin Fernandes e Micael Herschmann
Ano de publicação: 2023
Editora UNEMAT

Força Movente da Música: Cartografias Sensíveis das Cidades Musicais do Rio de Janeiro
Em A Força Movente da Música, Herschmann e Fernandes nos possibilitam não só compreender melhor alguns dos grandes desafios enfrentados pelas cidades criativas no Brasil, mas também problematizar aspectos menos visíveis e conhecidos das mesmas. Assim, para além das badaladas estratégias de branding territorial, constata-se que, seja numa metrópole, vilarejo ou distrito, as redes e conexões musicais são resultantes do agenciamento de práticas tradicionais e contemporâneas – que tecem e são tecidas também nas ruas da cidade (catalisando imaginários e sociabilidades) – as quais polinizam afetos, experiências estéticas e sentidos. Apresentando densas cartografias sensíveis que analisam dinâmicas e territorialidades musicais construídas em Paraty, Rio de Janeiro, Conservatória e Rio das Ostras, os autores nos convidam a repensar o potencial de desenvolvimento social, cultural e econômico do estado do Rio de Janeiro de perspectivas menos habituais, desenvolvendo fabulações especulativas.
Neste livro, somos instigados a refletir sobre os processos de formulação de modelos de desenvolvimento das cidades criativas – considerando, especialmente, algumas questões: a quem esses modelos e projetos favorecem? Quais dinâmicas e atores são ou deveriam ser priorizados nessas localidades? Como promover espaços mais includentes e mais democráticos, em que se valorize os ecossistemas musicais menos visíveis desses territórios?
Tentando escapar de interpretações sombrias ou mais esquemáticas, os autores buscam não só subsidiar a reformulação de políticas públicas democráticas e sustentáveis, mas também sublinhar a importância das “territorialidades sônico-musicais” construídas – no “fazer com”pelos atores nessas localidades –, como sendo capazes de ressignificar imaginários e experiências urbanas. Afinal, como sugerem os autores, a vida em geral se faz e se refaz, garantindo alternativas e caminhos possíveis.
Autores: Cíntia Sanmartin Fernandes e Micael Herschmann
Ano de publicação: 2023
Editora Sulina.

As Cidades Musicais (In)visíveis analisadas pelos autores que participam destes dois volumes exigiram o desenvolvimento de estudos que implicaram na imersão nas territorialidades palimpsescas e labirínticas das cidades, acompanhando os rastros dos atores (humanos e não humanos) em suas reagregações sociais. As multicartografias urbanas (das controvérsias) construídas aqui – de uma perspectiva decolonial – tiveram como propósito repensar a relevância das atividades musicais mais opacas e até clandestinas, organizadas não só nas redes sociais digitais, mas também em circuitos e cenas off que vêm ocupando os espaços públicos e privados dos territórios, as quais envolvem em geral iniciativas mais informais e que estão fora do “radar” das administrações municipais. Se, por um lado, há processos evidentes de submissão às inúmeras esferas de biopoder mais ou menos institucionalizadas em cada localidade, que tendem a reiterar os projetos em curso de construção de cidades criativas globais excludentes, regidas especialmente pela lógica dos megaespetáculos, do turismo mais elitizado e do marketing territorial; por outro, podemos nos dar conta também de que há possibilidades dos atores – através de performances dissensuais e experiências “artivistas”– construírem territorialidades sônico-musicais e heterotopias potentes, as quais promovem ressignificações relevantes nos cotidianos e nos imaginários dessas metrópoles pesquisadas.
Organização:Micael Herschmann, Cíntia Sanmartin Fernandes, Jeder Janotti Junior, Jorge Cardoso Filho, Simone Luci Pereira
Ano de publicação: 2024
Editora Sulina

A história do Ocidente carrega as traumáticas marcas do longo conflito travado entre as potências da Razão e da Imaginação. Fascinando ao mesmo tempo em que assusta, a faculdade imaginativa, sistematicamente desvalorizada em seus estatutos ontológico e psicológico, foi quase sempre associada à infância da consciência. Suas forças, progressivamente sustentadas pelo zelo dos tenentes do saber positivo. Porém, precisamente nos momentos em que parecia dar seus últimos suspiros, a imagem renascia como a Fênix e voltava a assombrar os templos do logos. Assim ocorreu, por exemplo, entre os românticos alemães, entre os séculos XVIII e XIX, e ocorre novamente agora, na era da comunicação digital. A civilização da técnica, cujos esforços para destruir o mito foram sem paralelo, assiste hoje a um retorno vigoroso da imaginação. Pois o imaginário, cuja atuação no mundo ficcional sempre foi admitida e mesmo celebrada, se dissimulava sorrateiramente também nos frios porões da ciência e das construções filosóficas da racionalidade ocidental.
Os artigos que compõem este livro nasceram da convicção dessa renovada importância da imaginação e do mítico. Eles foram reunidos por ocasião do I Colóquio Internacional do Labim (2022), o Laboratório de Estudos da Imagem e do Imaginário sediado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Artistas, cientistas, professores e pesquisadores independentes de diferentes campos se encontraram para conversar sobre essas questões sem as amarras institucionais que normalmente fazem parte dos encontros acadêmicos.
Organização:Micael Herschmann, Cíntia Sanmartin Fernandes, Jeder Janotti Junior, Jorge Cardoso Filho, Simone Luci Pereira
Ano de publicação: 2024
Editora Sulina

Organização: Cíntia Sanmartin Fernandes, Micael Herschmann, Rose de Melo Rocha e Simone Luci Pereira
Ano de publicação: 2022
Editora Sulina.
Tendo em vista a complexidade dos debates que atravessam o mundo do artivismo, o livro presente procura problematizar as ações e teorias contemporâneas de forma aberta. O livro é o resultado de um debate e evento sobre os “artivismos urbanos”, realizado em 2021. Traz experiências, reflexões, e lança o debate sobre questões sociais que perpassam o viver em tempos de urgência, em tempos onde a democracia trava uma guerra dentro de seus limites e ações, que vão desde o irracionalismo, o fundamentalismo religioso, o racismo e a resistência conservadora ao viver livro social das diversas faces e olhares que transcendem o gênero binário.
Nesse sentido, os artigos reunidos neste livro buscam a partir de seus respectivos “sujeitos” de estudo analisar alguns tópicos relevantes para o desenvolvimento de uma abordagem transdisciplinar que em parte dê conta de repensar a dinâmica dessas formas híbridas, compreendidas – ainda que provisoriamente – no âmbito da noção polissêmica de “artivismo”.
Essa publicação é dirigida a um público mais amplo, interessado em compreender o crescimento expressivo das práticas artivistas. Ou seja, não necessariamente está dirigida a um público acadêmico ou é dedicada somente aos ativistas e artivistas.
Em suma, buscou-se ao longo dessa publicação oferecer mais elementos para ampliar a problematização da complexidade do fenômeno da forte presença do artivismo na atualidade: seja nas suas tensões e articulações, nos levantes e negociações, e até nas desobediências civis ou dinâmicas dissensuais mais radicais.

Com o objetivo de reunir experiências dos femininos nas cidades, o grupo de pesquisa Comunicação, Arte e Cidade (CAC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UERJ, convidou pessoas vinculadas à pesquisa e ao ensino a refletirem sobre as expressões múltiplas de femininos nas cidades. A publicação contempla trabalhos que apresentam esse diálogo entre a cidade e os femininos, a partir de suas variadas manifestações e vivências, transmutando os binários rígidos de gênero.
Organização: Cíntia Sanmartin Fernandes, Jess Reia e Patricia Gomes
Ano de publicação: 2021
Selo PPGCOM UFMG

O objetivo desta publicação é o de se inserir no debate sobre cidades criativas (que ganhou fôlego no Brasil na década passada), alargando os argumentos (que se centram, em geral,numa discussão sobre potencialidades e limites das economias criativas dos territórios) em direção a uma reflexão que tenta dar conta de múltiplos aspectos envolvendo as “cidades musicais” (aspectos relevantes – abarcando, por exemplo, a construção de sociabilidades, memórias, afetos e processos de identificação – que não estão necessariamente relacionados e/ou condicionados pelo imperativo econômico) que buscam contemplar e valorizar também as atividades culturais cotidianas (vividas pelos atores de forma intensa, em atuações performáticas, sonoras, táteis e/ou teatralizadas).
Há um empenho nos trabalhos aqui reunidos de analisar não só o universo institucionalizado e mais visível (contemplado ou não por políticas públicas), mas também de considerar as dinâmicas das territorialidades musicais urbanas (algumas quase invisíveis ou mais espontâneas, que gravitam em torno de gêneros e/ou cenas musicais), as quais alteram significativamente imaginários e ritmos do dia a dia nas urbes.
Organização: Cíntia Sanmartin Fernandes e Micael Herschmann
Ano de publicação: 2018
Editora Sulina.

A história do Ocidente carrega as traumáticas marcas do longo conflito travado entre as potências da Razão e da Imaginação. Fascinando ao mesmo tempo em que assusta, a faculdade imaginativa, sistematicamente desvalorizada em seus estatutos ontológico e psicológico, foi quase sempre associada à infância da consciência. Suas forças, progressivamente sustentadas pelo zelo dos tenentes do saber positivo. Porém, precisamente nos momentos em que parecia dar seus últimos suspiros, a imagem renascia como a Fênix e voltava a assombrar os templos do logos. Assim ocorreu, por exemplo, entre os românticos alemães, entre os séculos XVIII e XIX, e ocorre novamente agora, na era da comunicação digital. A civilização da técnica, cujos esforços para destruir o mito foram sem paralelo, assiste hoje a um retorno vigoroso da imaginação. Pois o imaginário, cuja atuação no mundo ficcional sempre foi admitida e mesmo celebrada, se dissimulava sorrateiramente também nos frios porões da ciência e das construções filosóficas da racionalidade ocidental.
Os artigos que compõem este livro nasceram da convicção dessa renovada importância da imaginação e do mítico. Eles foram reunidos por ocasião do I Colóquio Internacional do Labim (2022), o Laboratório de Estudos da Imagem e do Imaginário sediado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Artistas, cientistas, professores e pesquisadores independentes de diferentes campos se encontraram para conversar sobre essas questões sem as amarras institucionais que normalmente fazem parte dos encontros acadêmicos.
Organização: João Maia, Cíntia Sanmartin Fernandes, Carla Helal e Micael Herschmann.
Ano de publicação: 2017
Editora Liquidbook

A história do Ocidente carrega as traumáticas marcas do longo conflito travado entre as potências da Razão e da Imaginação. Fascinando ao mesmo tempo em que assusta, a faculdade imaginativa, sistematicamente desvalorizada em seus estatutos ontológico e psicológico, foi quase sempre associada à infância da consciência. Suas forças, progressivamente sustentadas pelo zelo dos tenentes do saber positivo. Porém, precisamente nos momentos em que parecia dar seus últimos suspiros, a imagem renascia como a Fênix e voltava a assombrar os templos do logos. Assim ocorreu, por exemplo, entre os românticos alemães, entre os séculos XVIII e XIX, e ocorre novamente agora, na era da comunicação digital. A civilização da técnica, cujos esforços para destruir o mito foram sem paralelo, assiste hoje a um retorno vigoroso da imaginação. Pois o imaginário, cuja atuação no mundo ficcional sempre foi admitida e mesmo celebrada, se dissimulava sorrateiramente também nos frios porões da ciência e das construções filosóficas da racionalidade ocidental.
Os artigos que compõem este livro nasceram da convicção dessa renovada importância da imaginação e do mítico. Eles foram reunidos por ocasião do I Colóquio Internacional do Labim (2022), o Laboratório de Estudos da Imagem e do Imaginário sediado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Artistas, cientistas, professores e pesquisadores independentes de diferentes campos se encontraram para conversar sobre essas questões sem as amarras institucionais que normalmente fazem parte dos encontros acadêmicos.
Autoria: Micael Herschmann e Cíntia Sanmartin Fernandes
Ano de publicação: 2014
Editora e-livros Intercom

Comunicação, arte e cultura na cidade do Rio de Janeiro
Fruto do trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisa CAC – Comunicação, Arte e Cidade, da Faculdade de Comunicação Social da UERJ, o livro é uma coletânea de artigos de pesquisadores que se dedicam a estudos nesses três campos. Nele o leitor encontrará uma seleção de olhares sobre o espaço urbano, produtores de narrativas da cidade e que irão construir outros sentidos para as paisagens em que circulamos, com as quais interagimos e a partir das quais também vemos o mundo e tecemos nossas vidas como narrativas.
Formamos, junto com as praças, ruas, avenidas, ladeiras, morros e planícies da urbe, uma rede de contação de histórias, e é sobretudo nelas que nossa experiência, permanentemente representada, ganha significação. Nossa arte, técnica e comunicação, produtos da insistência humana em modificar o espaço, ali estão para comprovar a ação transformadora da realidade material, que também é cultural, e nos inclui como sujeitos de um tempo, de um lugar e de uma memória.
Organização: João Maia e Carla Helal
Ano de publicação: 2012
Editora eduerj

Comunicação e territorialidades: Rio de Janeiro em cena.
Parte-se, aqui, do pressuposto de que investigar metrópoles contemporâneas como o Rio de Janeiro, exigiria dos pesquisadores um “duplo e complexo exercício”: não só o de enfrentar as questões relacionadas ao seu respectivo objeto de investigação, mas também o de relativizar noções naturalizadas no imaginário social das urbes – normatizado explicitamente nas enunciações midiáticas cotidianas locais e globais – que reiteram dualidades, tais como ordem/desordem, integração/desintegração, inclusão/exclusão, e assim por diante. No caso Rio, é evidente a construção de um discurso que oscila entre a histeria da insegurança (e do medo) e a exaltação da Cidade Maravilhosa. “Escapar” desse emaranhado discursivo (que opera recorrentemente nessa dualidade), isto é, não cair nas “armadilhas” das generalizações e das predeterminações sociopolítico-culturais, vem se constituindo num grande desafio para a agenda de investigação desenvolvida por este grupo de pesquisadores aqui reunidos.
Como o leitor terá a oportunidade de constatar, os colaboradores desta coletânea indicam em seus artigos que as conceituações conservadoras de território e identidade (entendidas como noções fixas, definidas e estáveis) são colocadas cada vez mais em xeque na contemporaneidade. No caso do Rio, a pesquisa de campo evidencia a crise das racionalidades geográficas tradicionais, isto é, que outras dinâmicas socioculturais estabelecidas por diferentes atores (algumas mais efêmeras que outras) se “apropriam da cidade”: por um lado, ressignificando os espaços desta; e, por outro, organizando outras referências socioculturais no cotidiano, construindo outras cartografias, muitas delas, inusitadas.